Agora, tendo visto tudo e sentido tudo, tenho o dever de me fechar em casa no meu espírito e trabalhar, quanto possa e em tudo quanto possa, para o progresso da civilização e o alargamento da consciência da humanidade |
- TABACARIA
- Não sou nada.
- Nunca serei nada.
- Não posso querer ser nada.
- À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
- Janelas do meu quarto,
- Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
- (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
- Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
- Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
- Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
- Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
- Com a morte a pôr humildade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
- Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Fernando Pessoa Poeta português, Fernando Antonio Nogueira Pessoa,
Sua obra é altamente intelectualizada.
Suas primeiras poesias somente foram publicadas em 1915 na revista "Orfeu". Muitas delas ficaram durante sua vida
inéditas pois, em vida, seu talento era apenas reconhecido pelos círculos limitados da boêmia literária de Lisboa. Fernando Pessoa é crescentemente reconhecido como o maior poeta português desde Camões.
Alberto Caeiro, nascido em Lisboa em 16 de abril de 1889 - o mais objetivo dos heterônimos. Busca o objetivismo absoluto, eliminando todos os vestígios da subjetividade. É o poeta que se volta para a fruição direta da Natureza; busca "as sensações das coisas tais como são". Opõe-se radicalmente ao intelectualismo, à abstração, à especulação metafísica e ao misticismo. Neste sentido, é o antípoda de Fernando Pessoa "ele-mesmo", é a negação do mistério, do oculto.
Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
Álvaro de campos era o heterônimo mais escandaloso e febril de Fernando Pessoa. O poeta Português dizia que os versos de Campos lhe ocorriam quando ele sentia um impulso indefinível para escrever. Sua poesia explosiva pôs abaixo as formas tradicionais do lirismo e da poesia parnasiana e simbolista. Alguns dos mais conhecidos versos do heterônimo expressão essa crise artística e de identidade do homem moderno" não sou nada./ nunca serei nada./ não posso querer ser nada./ À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo".
- Retirei essas informações na contra capa do livro ,poesia completa de Alvaro de campos de Fernando Pessoa, editado pela editora companhia das letras.
- não é uma biografia, quis somente registrar a minha admiração a esse Poeta que me serve de inspiração pra escrever certos versos e por apreciar leituras que falam do coração.
Sergio Luiz Souza Ferreira
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